quinta-feira, 15 de setembro de 2011

GEO CINEMA

 

O cinema europeu, americano e mesmo brasileiro sempre se inspirou em lugares e culturas distantes para usar como temas. Basicamente, os filmes que falam de culturas não-ocidentais e lugares exóticos são os mais afeitos ao trabalho de Geografia. Mas não apenas. Filmes que tratam de representação da vida nas grandes cidades, dos problemas ambientais, do convívio entre etnias no mesmo país têm sido recorrentes no cinema atual. Se no passado o cinema comercial americano e europeu abusou do etnocentrismo para representar outras culturas e outros lugares (índios, africanos e asiáticos, muitos filmes sugerem a possibilidade, pelo próprio conteúdo, de crítica ao etnocentrismo e à mentalidade imperialista. Assim, a grande armadilha é aceitar a representação ideológica do outro sem críticas, pois acarreta, entre outras coisas, a simplificação de cultuas e lugares que, na realidade, são diversos e complexos. Como usar o cinema na sala de aula. Marcos Napolitano
O filme:  Lixo extraordinário (2010)

Tírulo original: Waste land
Direção: Lucy Walker, João Jardim, Karen Harley
Gênero: Documentário
Duração: 90 min
Público-alvo: ensino fundamental (classificação livre)
Cuidados: em algumas partes do filme se faz necessário a leitura de legendas
Área principal: paisagens urbanas: o crescimento urbano; problemas da cidade (o lixo)
Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a reimaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano.

Alguns temas de Geografia podem ser tratados com base neste filme, entre os quais destacamos:
Roteiro de análise:
O lixo enquanto problema social (objeto descartado (ruim));
O lixo na produção do sustento, da dignidade, da arte e da imagem (objeto reciclado (bom));
A diferença entre lixão e aterro sanitário;
A configuração do espaço da cidade (centro e periferia);
O homem enquanto sujeito que monta o seu quebra-cabeça (a cidade e o trabalho);
A diferença entre o catador de lixo e o catador de material reciclável;
Sugestão de atividades:
Uma pesquisa sobre a vida e obra de Vik Muniz: onde ele nasceu e onde ele mora atualmente? Como ele desenvolve o seu trabalho? Por que escolheu o Jardim Gramacho?
Uma pesquisa sobre o Jardim Gramacho: onde está localizado (cidade e região)? Qual a sua proporção mundial? Como a cooperativa seguiu o trabalho depois do filme? E os catadores?

Créditos: Larissa Pereira

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